AFERRAR-SE OU ESVAZIAR-SE?







AFERRAR-SE OU ESVAZIAR-SE?

Certa ocasião, após participar de várias conversas sobre temas importantes, abordadas por homens muito sérios, comprometidos com o Reino de Deus, veio-me ao pensamento o texto de Fp 2;6

“Sendo Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que deve-se se aferrar...”

Comecei a pensar, se ser igual a Deus, não foi o bastante para Jesus se aferrar, o que seria?

O que poderia haver de mais importante nesta terra, do que ser igual à Deus?

Se meu pensamento fizer sentido, o que haveria em nossas vidas a se comparar com este fato? Por que então nos aferramos tão ferozmente a interpretações, conclusões, ideais, métodos, práticas, compreensões, exegeses, doutrinas, entendimentos, ideologias, tradições, etc... À ponto de nos separarmos, excluirmos de nosso relacionamento os que pensam diferente, promovermos verdadeira caça às bruxas nos tempos modernos, ofendemos, ficamos ofendidos, requeremos coerência, somos incoerentes, queremos prevalecer sobre nossos semelhantes, quando Ele se humilhou, vestiu-se de servo, tornou-se semelhante ao homem...

Impressionante pensar que Deus se fez homem, e nós queremos nos fazer deus...

Estamos aferrados demais em nossa filosofia, para termos tempo e disposição para ouvir e fazer o que  Cristo fez, esvaziou-se.

O que aconteceria se iniciássemos um novo tempo em nossas vidas, se ao invés de tentarmos prevalecer sempre em nossos relacionamentos, sempre preocupados em defendermos nossos pontos de vista, escondidos debaixo duma capa de piedade e integralidade de fé bíblica, nos vestíssemos com roupas de servos, tomássemos uma bacia e uma toalha e lavássemos os pés de nossos semelhantes?

E se deixássemos o ambiente estéril das discussões bíblicas intelectualizadas, arregaçassemos as mangas das camisas e puséssemos nossas mãos e mentes às obras, em prol dos necessitados dos mais básicos serviços?

Se descessemos de nossa “autoridade espiritual “e agissemos como o menor de todos os servos, seguindo assim a prática do mestre, o que aconteceria?

Que resultados surgiriam em nossas comunidades, se deixassemos de nos aferrar a tantas coisas (inclusive ministérios) e assumissemos definitivamente a postura de servo de todos?


Afinal não é este o ministério?

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

RELIGIOSO, EU ???

TENDE BOM ÂNIMO!

VOZES